quinta-feira, 9 de abril de 2015

O Paralítico de Betesda
"Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma a tua cama e anda? E o que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado, em razão de naquele lugar haver grande multidão" (João 5:12,13)
O homem, deitado sobre o leito, entre a multidão em Betesda, era solitário. Cheirava mal, a muitos dias sem banho, para muitos, desprezível. Tinha dificuldades de sociabilização, não conseguia ver além de sua enfermidade. Por toda vida se RECUSAVA a superar as limitações causadas pela deficiência. Não tinha amigos, sua conversa girava sempre em torno de si mesmo e de como era miserável. Não dava atenção às pessoas, mas queria atenção de todos. se frustrava, pois não conseguia.
Uma prova incontestável de sua apatia para com o próximo pode ser vista em seu encontro com Jesus. Jesus sentiu compaixão dele, se abaixou para olhar bem nos seus olhos e o curou. Ele sequer sabia quem tinha feito tamanho milagre, qual o nome da pessoa. "Perguntaram-lhe, pois: Quem é o homem que te disse: Toma a tua cama e anda? E o que fora curado não sabia quem era, porque Jesus se havia retirado, em razão de naquele lugar haver grande multidão” (João 5:13, 14)
Por mais apressado que tenha sido o encontro, pela grandeza de Jesus para com ele, o mínimo que poderia ter feito seria perguntar: Quem és? Mas não o fez. Por quê? Só enxergava a si mesmo. Achava-se um coitado, merecedor de pena.
Vítima ou Vencedor?
"Não há ventos favoráveis para quem não sabe para onde vai" (Guillarme D'Orange). O homem vitima, estaciona em um porto sombrio da vida. Sem propósitos, sem alvos, sem a alegria que transforma. Está a alguns metros do milagre, mas não consegue alcançá-lo, é pesaroso o esforço. "Levanta-te, toma tua cama e anda" (João 5:8). As palavras de Jesus pretenderam despertá-lo para a vida. "Vamos, pare de se lamentar, saia do triste lugar em que se encontra".
Pessoas reagem diferentemente umas das outras em situações semelhantes. Vejamos um exemplo:
Em Cafarnaum, existia um paralítico. Também vivia em uma cama, só que, ao contrário do de Betesda, tinha muitos amigos. Sua alegria e maneira de encarar o problema motivavam as pessoas. Seus amigos fizeram verdadeiras "estripulias" para levá-lo até Jesus. Subiram com ele até o telhado da casa onde Jesus estava, e por entre as telhas desceram sua cama para que Jesus pudesse vê-lo. Havia uma multidão! Foram muitas dificuldades! Mas ele não lamentava, pelo contrário, até sorria da situação.
“E vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, os teus pecados te são perdoados". Lc 5:20. Seus amigos lhe proporcionaram a cura. O paralítico de Cafarnaum vivia além de suas limitações. O que marcara sua vida era justamente a superação.
Como estamos reagindo aos problemas? Igual ao paralítico de Betesda ou ao de Cafarnaum?
A transformação do paralítico de Betesda
Aquele homem jamais seria o mesmo após seu encontro com o mestre Jesus. "Depois, Jesus encontrou-o no templo"(João 5:15). O que ele fazia no templo? Procurava por Jesus. Agora, ele tinha vida social, propósitos. Queria conhecer quem o curara. “E aquele homem foi e anunciou aos judeus que Jesus era o que o curara” .O lamentador tornara-se agora, portador de boas novas! Quanta diferença! Queria que todos conhecessem o Mestre, se interessava pelas pessoas, que transformação!
Vinde a mim, disse Jesus.
Jesus veio para os de Betesda e os de Cafarnaum. Veio para todos, os cansados e oprimidos. Somente Ele é capaz de lhe ver entre a multidão. Somente Ele sabe o que aflige cada alma.
Não importa de que forma chegamos até Ele: Como fracassados solitários, cansados de desprezo, carregado por outros, Ele É O Mesmo e tudo que quer é lhe ver feliz. Não espere que Betesda vá até você, ela não irá. Escute a Jesus e com certeza o milagre chegará.
BISPO Anderson Camargo

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