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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

O Cego de Betsaida


 MARCOS 8:22-26

A história da cura do cego de Betsaida é descrita apenas no evangelho de Marcos, e da mesma forma que acontece com todos os milagres de Jesus, podemos extrair muitas lições dela, basta fazer as perguntas corretas ao texto. Separei 5 pontos que me chamaram a atenção e que nos trazem grandes lições, e é sobre isso que vamos falar. Vamos a eles:

1 – O HOMEM FOI TRAGO À JESUS – Se nos dias de hoje, onde contamos com leis que tentam garantir direitos e facilidades de acesso aos deficientes visuais, é fácil imaginar as dificuldades que esse homem enfrentava, imagina naquela época!O fato dele ter sido conduzido por outras pessoas até Jesus nos diz muitas coisas também. Aquele homem era totalmente dependente dos outros para viver. Por conta disso, era conduzido por outros em vários aspectos, não só no físico, mas também no emocional e espiritual. E com certeza sofria de uma profunda baixa autoestima. Trazendo pro aspecto espiritual, muitas vezes nos encontramos na mesma situação desse homem. Cegos, dependentes e conduzidos pela vontade alheia. Quando estamos nessa situação nos sentimos estagnados.

2 – JESUS O CONDUZ PARA FORA DA ALDEIA – O fato de Jesus tomá-lo pela mão, nos mostra que o primeiro passo que esse homem deu para sua cura, foi confiar e se deixar ser conduzido por Ele. Isso nos mostra duas coisas:A intimidade que existe nesse processo, ou seja, Jesus não só está o conduzindo, mas segurando em sua mão. A intimidade trouxe segurança para aquele homem. Ele sentiu poderia confiar em Jesus.Quando nos deixamos ser conduzidos por Jesus, quando confiamos n’Ele, experimentamos essa intimidade que nos traz segurança. Sentimo-nos seguros quando estamos debaixo de sua vontade. Muitas vezes o que falta para nós é confiar “cegamente” como fez esse homem. Outra coisa que nos chama a atenção nesse trecho, é que Jesus o conduz para fora da aldeia. Jesus como Deus, é onisciente, onipresente e onipotente. Não teria dificuldades nenhuma de realizar o milagre ali mesmo. Mas aquela aldeia era incrédula! Era amaldiçoada. Por conta disso não poderia experimentar os milagres e o poder de Deus. Isso nos leva a alguns questionamentos: Estou no lugar onde deveria estar? O lugar onde estou está interferindo na minha cura? Está interferindo no meu crescimento espiritual? Está impossibilitando o agir de Deus?

3 – JESUS COSPE EM SEUS OLHOS – Há 3 relatos nos evangelhos, onde Jesus se utiliza do cuspe para curar doentes

O cego de nascença (João 9:1-8) – Jesus cospe na terra, faz um lodo, passa nos olhos do homem e manda ele se lavar no tanque de Siloé.

O surdo que falava com dificuldade (Marcos 7:32-35) – Jesus coloca os dedos em seus ouvidos, cospe, toca em sua língua, olha para o céu e diz: “Efatá; isto é, Abre-te.”  

O cego de Betsaida (Marcos 8:22-26) – Jesus cospe em seus olhos e depois impõe suas mãos sobre ele.A cura do cego de Betsaida é o 2º milagre registrado por Marcos onde Jesus utiliza sua saliva. Uma forma muito estranha de se realizar um milagre, até mesmo para aquela época, onde as pessoas acreditavam que a saliva tinha propriedades de cura.De acordo com o Talmude (coletânea de livros sagrados dos judeus rabínicos que fala sobre a lei, ética, costumes e história do judaísmo), a saliva do filho primogênito tinha propriedades de cura, por essa razão era recomendado se passar o cuspe do primogênito nos ferimentos dos demais familiares. Jesus é o primogênito entre muitos irmãos (Romanos 8:29).Isso nos mostra também, que Jesus em algumas situações tem formas estranhas de operar em nossas vidas, porém devemos confiar que Ele sempre sabe o que faz.

4 – A CURA ACONTECE EM DUAS ETAPAS – Outro diferencial nessa cura de Jesus é que ela acontece em duas etapas. Após cuspir nos olhos do cego, sua visão é restaurada, mas não completa. Ele começa a enxergar os homens como árvores, ou seja, vultos. Jesus então põe novamente sua mão sobre os olhos do homem que após isso passa a enxergar perfeitamente.Essa atitude de Jesus deixa claro que em algumas situações em nossa vida, a cura não será um ato único, mas um processo, por isso é importante perseverar até o fim. Imagine se aquele homem desistisse no meio do processo? Imagine se ele perdesse a paciência quando enxergou os homens como árvores e simplesmente fosse embora?Outra coisa que me chamou muito a atenção nessa parte do texto é o fato dele relacionar os vultos que via como árvores que andavam. Isso mostra que ele não era cego de nascença, pois já tinha a referência do que era uma árvore. Muitos estão vivendo isso espiritualmente. Antes enxergavam de maneira plena, mas hoje estão completamente cegos! Outros estão na 1ª etapa do processo de cura e necessitam olhar para cima para que a cura seja completada.

5 – JESUS LHE DÁ DUAS ORDENS – Jesus então o manda para casa e lhe ordena que não entre novamente na aldeia. Aquele homem não era daquela aldeia, mas passava boa parte de seu tempo lá. Aqui podemos tirar duas lições importantes:Seus relacionamentos familiares também foram restaurados. Seu ministério começaria a partir de sua casa, que deveriam ser a partir daquele momento sua prioridade.Para nós a aldeia representa o mundo, com sua incredulidade, suas paixões e desejos e de onde devemos manter distância. Muitas coisas em nossas vidas tem sido essa aldeia e tem nos mantido longe da manifestação do poder de Jesus.Essa cura nos leva a alguns questionamentos importantíssimos: Estamos sendo conduzido por homens ou por Jesus? O que tem sido uma aldeia em minha vida? Tenho passado mais tempo na aldeia e negligenciado o tempo com minha família? Que nossos corações estejam dispostos e entregues nas mãos de Jesus, para que Ele nos conduza para o centro de sua vontade e que através disso possamos ter nossa visão restaurada.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

De Oseias para Josué


 

Arão,Hur e Oseias que recebeu o nome de Josué. Numeros 13:16

Quando Moisés ficava com os braços levantados, os israelitas venciam. Porém, quando ele abaixava os braços, eram os amalequitas que venciam. (Ex 17:11)

Quando os braços de Moisés ficaram cansados, Arão e Hur pegaram uma pedra e a puseram perto dele para que Moisés se sentasse. E os dois, um de cada lado, seguravam os braços de Moisés. Desse modo, os seus braços ficaram levantados até o pôr-do-sol. (Ex 17:12)

“Poderemos fazer uma pergunta: Qual é o mais importante? Alguém diria: “É Moisés”. Sim, quando Moisés levantava as mãos, Israel prevalecia. Mas ninguém aguenta ficar muito tempo com as mãos levantadas e, quando ele ia cansando e as mãos abaixando, Israel perdia. E se não erguessem as suas mãos? “Tem razão, então não é Moisés, mas Arão e Hur, porque eles providenciaram um banquinho em forma de pedra, ele assentou-se e, com um de cada lado segurando a sua mão e mantendo-a erguida, Moisés conseguiu ficar o dia inteiro com a sua mão erguida. Tem razão, não era tanto Moisés, mas Arão e Hur”. Sim, mas e se Josué e os guerreiros não dessem duro lá em baixo lutando? “Tem razão. Então Josué e os guerreiros”. Sim, Josué e os guerreiros estavam batalhando lá em baixo mas quando as mãos de Moisés cansavam, eles perdiam!

Podemos ficar num círculo vicioso. O mais importante não é Moisés. Os mais importantes não são Arão e Hur, nem os guerreiros. Cada um tinha uma tarefa a cumprir. Cada um aceitou a sua responsabilidade. Cada um se desincumbiu eficientemente do que tinha que fazer. Eles compreenderam que o fracasso de um seria o fracasso de todos e que o acerto de um seria o acerto de todos. O que estava se desenrolando não era a causa de Moisés, não era o prestígio de Moisés como líder, nem a capacidade de Arão e Hur de socorrerem Moisés. O que estava em jogo era a existência do povo, era a sua vitória.” irmãos vivam em união. Salmos 133.

Ap Anderson Camargo.

Não saia do lugar onde Deus te colocou!

 (Gn 26:1-2). Não saia do lugar onde Deus te colocou!  Deus não queria que Isaque cometesse o mesmo erro que seu Pai Abraão havia cometido n...