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quinta-feira, 10 de julho de 2014

A MINHA GRAÇA TE BASTA
“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” 2 Coríntios 12:7-10
Em toda a Bíblia, a palavra ‘Graça’ aparece por 323 vezes. A palavra graça, em português, vem do latim gratus, “agradável” “amável” . No grego, a palavra traduzida é ‘charis’, que significa: graciosidade, atrativos, favor, cuidado, ou ajuda graciosa, boa vontade.
Paulo é o apostolo que mais fala da graça de Deus em suas epistolas. Também foi o apóstolo que mais experimentou a graça de Deus no sentido absoluto da palavra.
Perseguidor dos cristãos, converteu-se e se tornou perseguido, pela fé que antes perseguia.
Foi no momento das lutas, das privações, das tribulações, das perdas, que Paulo mais aprendeu a depender de Deus e da sua graça.
Paulo, como ele próprio diz em Filipenses 3, tinha muito que se gloriar na carne: era da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreu, quanto à lei fariseu, mestre em Israel, cidadão romano, intelectual, justo e irrepreensível no proceder, um religioso por excelência; criado aos pés de Gamaliel, um mestre muito reputado pelos religiosos.
Contudo o que era para ele lucro, considerou como perda, por causa da sublimidade de Cristo.
Na defesa de seu ministério apostólico aos irmãos de Corinto, Paulo fala de visões, revelações, e arrebatamentos que tivera na experiência metafísica com Deus. Quantas cousas maravilhosas, estupendas, Deus o havia revelado. Revelações estas, que poderiam deixá-lo ensoberbecido, envaidecido.
Deus, porém, na sua excelsa sabedoria, permitiu que um espinho de Satanás, o provasse, para que a grandeza das revelações não o envaidecesse, e o tirasse da bênção e da obra que Deus iria realizar através dele.
Paulo aprendeu a humildade através do sofrimento.
HUMILDADE ATRAVES DO SOFRIMENTO
Foi-lhe posto um espinho na carne, chamado de espinho de Satanás, ou algo que lhe trouxesse humildade, talvez porque lhe houvesse uma propensão à soberba e altivez, como é comum a muitos.
Espinho na carne refere-se a alguma debilidade física ou enfermidade nos olhos como deixa entender em Gálatas. “E vós sabeis que primeiro vos anunciei o evangelho estando em fraqueza da carne” Gl 4:13 “Qual é, logo, a vossa bem-aventurança? Porque vos dou testemunho de que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis.” Gl 4:15 ou até mesmo tentações que assaltavam sua mente, ou uma tristeza terrível por ter no passado, perseguido e matado alguns cristãos, ou consentido em suas mortes.
‘Mensageiro de Satanás, para me esbofetear: ’ No original, significa: bater com punho, tratar com violência, espancar.
Propósito santo. “ Afim de que não me exalte”. “Para que não se ensoberbecesse.”
Aquela provação nunca se apartou de Paulo. Deus tinha um propósito de mantê-lo na humildade e na dependência, relembrando-lhe sempre sua condição mortal. Porquanto ele era apenas pó. Todavia, possuía um grande tesouro, não obstante, ser transportado em vaso de barro.
ORAÇÃO NÃO RESPONDIDA
“Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” 2 Coríntios 12:8,9
O que fazer quando você clama a Deus e Ele não responde? Ou quando responde, o faz de forma negativa, ao contrário do que se pediu? A oração foi repetida por três vezes.
Exemplos de oração não respondida: Davi para com seu filho; Paulo com este espinho na carne. Todos receberam respostas negativas, essa resposta visava a um propósito definido e eficaz da parte de Deus.
Deus que conhece todas as circunstâncias, sabe qual o melhor momento de receber ou não a oração pedida.
“A razão pela qual, algumas vezes, misericordiosamente Ele recusa a atender seu povo, aquilo que, em sua ira, outorga aos ímpios, é o seguinte: Ele sabe de antemão o que é melhor para nós, mas do que o nosso entendimento é capaz de aprender.”
A RESPOSTA DE DEUS
“ A MINHA GRAÇA TE BASTA.”
Ao ver o propósito de Deus por detrás do problema, Paulo compreendeu o plano divino para sua vida.
O poder divino não pode ajudar e nem usar o homem auto-suficiente, pois o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Quando Deus adiciona, subtrai e quando subtrai, adiciona.
Deus pode liberar o seu poder através da fraqueza, e algumas vezes, essa é a maneira mais eficaz de fazê-lo.
A MATURIDADE DO SERVO DE JESUS
“E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” 2 Coríntios 12:9,10
O servo de Deus amadurece e cresce, quando ele vê nas perdas, nas fraquezas, nas dificuldades, não um motivo de derrota, mas de aprendizado, para que sua fé cresça e assim se aproxime mais de Deus.
‘Sinto prazer’, no original: considerar bom, ficar satisfeito, deleitar-se, aprovar.
Cinco tipos de sofrimentos que Paulo sentia prazer, pois através deles, se aproximava mais dos propósitos de Deus para sua vida:
1. ‘Nas fraquezas… ’ Fraquezas são debilidades físicas. Todas as fraquezas são praxes da condição humana e moral, tanto da natureza física, corpo: soma, como psicológica (alma: psiquê).
O fato é que Paulo tinha prazer nas fraquezas porque através delas o poder de Cristo se manifestava em sua pessoa.
2. Injúrias: insulto, abuso verbal, maus tratos, desastres, dano.
3. Necessidades: aflição, calamidade, tortura, privações de ordem material, físicas.
4. Perseguições: maus tratos deliberados por inimigos do evangelho, na forma de espancamentos, apedrejamentos, encarceramentos.
5. Angústias: apertos, circunstâncias prementes, tribulações.
Quantos de nós temos orado e Deus não tem respondido, ou respondeu negativamente?
Devemos sempre ter em mente: Deus tem o melhor para mim e para você, mesmo não respondendo nossa oração como queremos.
Devemos nos gloriar nas fraquezas, pois elas nos trazem grandes benefícios quando nós as entendemos.
A graça de Deus nos basta!!!

BP.ANDERSON CAMARGO

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